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Despertar da Mente

"Democracy and socialism have nothing in common but one word, equality. But notice the difference: while democracy seeks equality in liberty, socialism seeks equality in restraint and servitude." Alexis de Tocqueville

"Democracy and socialism have nothing in common but one word, equality. But notice the difference: while democracy seeks equality in liberty, socialism seeks equality in restraint and servitude." Alexis de Tocqueville

Despertar da Mente

31
Dez09

Desejos para 2010 (10 de 10)

Jorge Assunção

Que não terminemos o próximo ano com técnicos estrangeiros a gerir a política económica nacional. Embora seja certo que terminaremos o ano com menos empresas em mãos nacionais – quando existe o défice na balança de pagamentos constante que caracteriza a nossa economia, o que os estrangeiros fazem é ficar com os nossos anéis. Que não nos levem os dedos.

14
Dez09

1974 como ano de referência é um must

Jorge Assunção

Salário mínimo perdeu poder de compra desde 1974

 

Gosto desta notícia do Público e das reacções que originou. Claro que não passou pela cabeça dos brilhantes comentadores admitir que em 1974 (um ano cuja particularidade só escapa aos mais distraidos), o valor fixado para salário mínimo foi desfasado da realidade do país. Situação corrigida quase no imediato, uma vez que em 1977 e 1978, o valor do salário mínimo teve uma redução real de 15,1 e 6,2% respectivamente, redução essa não mais vista em nenhum dos anos seguintes. Gosto destas notícias, sinceramente.

 

Nota: só para que conste, de 1990 até 2008, o salário mínimo teve aumento real em 13 anos, enquanto só diminuiu por 6 vezes. O jornalista que faça o favor de fazer igual notícia tendo como ano base 1990 e depois falamos.

11
Dez09

Para mais tarde recordar

Jorge Assunção

O Governo irlandês adoptou medidas drásticas para controlar a despesa pública no orçamento para 2010 e decidiu reduzir salários a professores, enfermeiros e polícias. Está também prevista a redução de prestações da segurança social a desempregados e a famílias com filhos.

 

Em Portugal, a mera apresentação de uma proposta para congelar (isso mesmo, não é reduzir, é só congelar) os salários do funcionários públicos é uma blasfémia. Quando, num futuro próximo, compararmos as taxas de crescimento económico da Irlanda e de Portugal e, como é habitual, lamentarmos a nossa 'sorte', não se esqueçam das medidas que foram adoptadas por um e por outro país durante este ano de 2009.

06
Dez09

Tratado de Methuen

Jorge Assunção

A história portuguesa está cheia de mitos, um deles, propagado por gerações e gerações de historiadores, é sobre os malefícios do Tratado de Methuen. O Tratado é sempre apresentado como algo que beneficiou em muito os interesses ingleses a desfavor dos interesses portugueses (curiosamente, ou então não, Adam Smith, n’A Riqueza das Nações, apresenta tese diferente, considerando que o Tratado foi lesivo dos interesses ingleses). Os historiadores portugueses, para provar a tese contra o Tratado, apresentam os dados sobre o agravamento da balança comercial com os ingleses após o mesmo, esquecem, muito convenientemente, de referir que a tendência de degradação da balança comercial era anterior ao Tratado. Por outro lado, há quem ainda pense que no proteccionismo à indústria nacional, levado a cabo pelas políticas do conde da Ericeira, estaria a solução para a indústria nacional, e o Tratado de Methuen, representante máximo do fim desse proteccionismo, teria ferido gravemente as hipóteses de uma indústria têxtil forte em Portugal. Compreendo que, à luz de algumas ideias da época, alguns atribuissem valor a esse tipo de pensamento, por mim, limito-me a agradecer que, nos tempos que correm, o proteccionismo esteja completamente desacreditado. Por fim, e só para rematar com o que pretendia efectivamente dizer quando comecei a escrever este post, acho que não há maior prova a favor dos benefícios do Tratado de Methuen do que o simples facto de, ainda hoje, ano 2009, século XXI, praticamente 300 anos após a sua assinatura, ainda aparecerem uns economistas na televisão a dar a actual indústria do vinho como um exemplo de vitalidade.

06
Dez09

Um século XX inteiramente democrático

Jorge Assunção

N’A Conspiração Contra a América, Roth imagina uma América alternativa, na década de 40 do século passado, que seria liderada por alguém refém da ideologia Nazi. O exercício é interessante e levou-me a pensar em algo semelhante para Portugal: o que teria sido deste país se não tivesse existido ditadura? O que teria acontecido em Portugal se, em vez dos acontecimentos que perpetuaram Salazar no poder durante quase 40 anos, o país tivesse seguido a via democrática? Sobretudo, o que seria do país no presente? A minha resposta a esta última pergunta deixa sempre uma sensação amarga. É que, do ponto de vista económico - e a economia é a ferida aberta deste país na actualidade -, duvido que a inexistência da ditadura tivesse garantido ao país uma conjuntura económica melhor do que aquela com que nos deparamos. A democracia não deixa de ser imensurávelmente melhor que qualquer ditadura, mas há aqui uma falha estrondosa que não deixa de ser assustadora e merecedora de debate. Para começar, talvez seja bom abdicar do chavão de que “o povo tem sempre razão”. Não tem. E se calhar o nosso, o povo português, erra mais do que outros.

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