Jorge A.
Ministro garante que não há descontrolo das contas públicas
Temo é que os próximos anos, mesmo com contas públicas controladas segundo o ministro, não vão ser muito famosos. A propósito, vale a pena ler isto: Fiscal ruin of the Western world beckons. A verdade é que o próximo governo terá de decidir entre cortar despesas ou aumentar impostos. O primeiro caso, mesmo pela dimensão dos cortes que se adivinham, vão provocar os protestos que já se conhecem. O segundo caso será o caminho para o abismo. E parece-me certo que esse não será tema central da campanha eleitoral que se segue. O PS finge que está tudo sob controlo. O PSD não quer assustar ninguém para não perder eleitorado. O CDS limita a conversa ao curto-prazo, à resposta imediata à crise e não à resposta às consequências da crise. O BE e o PCP, no papel demagógico que sempre assumem, acham que a solução para tudo é aumentar a despesa (ora, pois, é mais despesa que nós precisamos) e paga tudo com mais impostos aos ricos (fantástico). Não adivinho grande futuro, nem para o país, nem para o próximo governo.