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Despertar da Mente

"Democracy and socialism have nothing in common but one word, equality. But notice the difference: while democracy seeks equality in liberty, socialism seeks equality in restraint and servitude." Alexis de Tocqueville

"Democracy and socialism have nothing in common but one word, equality. But notice the difference: while democracy seeks equality in liberty, socialism seeks equality in restraint and servitude." Alexis de Tocqueville

Despertar da Mente

30
Jun09

Job for the boy

Jorge A.

 

Se dúvidas houvesse, Henrique Granadeiro tentou deixar tudo mais claro. Granadeiro é um político ao serviço dos socialistas numa das maiores empresas portuguesas, a tal que alguns socialista há menos de uma semana diziam ser uma empresa privada como tantas outras. Mas é engraçado a forma como Granadeiro apresenta o problema, uma vez que diz que "Já parecem esquecidas as tentativas de intervenção do governo PSD na Lusomundo, que levaram à minha demissão". Ora, se calhar é porque não estão esquecidas que Ferreira Leite sabe muito bem como as coisas fazem-se na PT. Quem esqueceu tal foi José Sócrates, que há cinco anos atrás disse algumas coisas acertadas sobre o assunto, mas depois chegou ao governo e esqueceu o que disse. Henrique Granadeiro é também ele um exemplo do porquê que este Partido Socialista tem de ser afastado do poder. A permanência do poder em mãos socialistas durante 11 dos últimos 14 anos ajudou a espalhar o polvo de boys socialistas pelos mais variados cargos de influência política. Suspeito que até Setembro ainda iremos assistir ao espernear de muita gente assustada com a hipótese de perderem o abono de família.

 

PS: adorei a forma como Granadeiro refere-se a Manuela Ferreira Leite por a "senhora presidente do PSD". O acrescento "senhora" deve ser algo que me escapa. Ou então não.

30
Jun09

Pundits

Jorge A.

Mas ninguém parece exigir idênticas responsabilidades aos muitos comentadores, analistas, especialistas e jornalistas que andaram a prometer o fim do neoliberalismo quando todos os indicadores objectivos apontavam para uma realidade bem diferente, uma crise profunda do centro-esquerda na Europa, que agora já não podem ocultar. Alguns lamentaram esta realidade com as habituais generalidades e banalidades do tipo "perdeu a Europa, perdemos todos". Outros, quiçá a maioria, continuam com a mesma conversa como se o 7 de Junho nunca tivesse acontecido.

 

A propósito do que escreve Nuno Garoupa, não podia deixar de recordar Philip Tetlock e o sua análise (Expert Political Judgment: How Good Is It? How Can We Know?) sobre os comentadores americanos (na sua maioria, pelo menos). Numa análise a variadas previsões feitas pelos fazedores de opinião, Tetlock descobriu que não só muitas eram erradas como, para piorar, aqueles que mais erravam eram os que tinham mais espaço de antena. Em Portugal, o melhor exemplo dessa cultura está muito bem representado ao domingo à noite na RTP.

29
Jun09

O estado do debate

Jorge A.

Sobre este post de Paul Krugman, algumas das respostas que gerou são de leitura obrigatória:

 

"On the issue of tone, I again think I understand Paul's point of view. He likely believes that civility is overrated. He seems to think that in the blogosphere, and perhaps in the public debate more generally, you score points simply by insulting your intellectual adversaries. Sadly, I am afraid he may be right.Greg Mankiw

 

"Unlike Krugman, I not going to dismiss everyone who doesn't know these facts as "remarkably ignorant or simply disingenuous." What I will say, though, is that if you don't know them, you have a lot to learn from nobody.Bryan Caplan

 

O estado do debate é este. Entre os economistas, Paul Krugman tem sido um dos principais incentivadores da técnica. É mais compreensível, embora não aceitável, a técnica num dirigente político, mas não fica bem a um economista recorrer ao mesmo. A não ser que o economista não esteja preocupado com a economia, mas antes em fazer política. É o que Paul Krugman faz há muito tempo no seu blogue e na sua coluna do New York Times. Polítira pura e dura.

29
Jun09

Desconfiança

Jorge A.

No estudo que o João Carvalho faz referência aqui, fora o título sensacionalista, existem algumas coisas interessantes a reter (com pena minha, não encontro o estudo disponível na net). Mas uma das conclusões a que chegam é que as instituições que geram maior desconfiança por parte dos portugueses são as instituições que nos governam. Quase 70% dos inquiridos revelaram pouca ou nenhuma confiança nessas mesmas instituições. Ora, se as instituições que nos governam são aquelas de quem mais desconfiamos, porque raio teimamos em insistir que é através do reforço do poder destas que podemos resolver a nossa situação?

28
Jun09

O manifesto do bloco

Jorge A.

A lista das assinaturas é quase tão grande como o texto do manifesto, pois inclui não só os nomes, claro, como a classificação profissional. Ele é professor isto, professor aquilo. Para além disso, inclui a filiação institucional. Ora, isso para mim não é legal (no sentido brasileiro do termo).

 

O manifesto de contra-resposta (ou talvez não) ao manifesto dos 28 é muito interessante. Tanto académico e o principal argumento que usam para sustentar o seu texto é o argumento de autoridade. Mas para mim o mais interessante é outra coisa: entre os economistas que assinam o documento está muito académico do ISEG e do ISCTE. Por outro lado não está um único da FEUNL ou da Católica de Lisboa. As tribos académicas no campo da economia expostas de forma clara.

26
Jun09

Ferreira Leite mentiu?

Jorge A.

 

Então não mentiu. O problema de tentar descredibilizar alguém quando esse alguém diz a verdade dá normalmente nisto. A verdade vem ao de cima e quem foi alvo da tentativa de descredibilização fica com credibilidade reforçada. Ferreira Leite disse o óbvio e a táctica socialista foi acusar Ferreira Leite de faltar à verdade. Por este caminho, ao contrário de todas as expectativas, o PS prepara-se para um derrota muito pesada nas próximas eleições legislativas e o PSD nem precisará de fazer grande coisa.

26
Jun09

Argumentação não credível

Jorge A.

Na entrevista de Ferreira Leite houve uma coisa que não gostei mesmo nada: quando ela afirmou que "não há um único economista credível que, neste momento, esteja a favor das grandes obras públicas". Não gostei porque em primeiro lugar não acredito que assim seja, em segundo lugar porque essa é exactamente aquele tipo de argumentação que sempre detestei no actual primeiro-ministro. Sócrates dizia a favor do seu investimento público que todos os países estavam a fazer o mesmo, Ferreira Leite diz que todos os economistas crediveis concordam com ela. São duas faces da mesma moeda.

26
Jun09

Na sombra

Jorge A.

Portugal só evitou um procedimento por défices excessivos em 2008 através da utilização da receitas extraordinárias, realça a Unidade Técnica de Apoio Orçamental (UTAO), o grupo de apoio técnico à Comissão de Orçamento e Finanças, na análise ao relatório de orientação da política orçamental entregue recentemente aos deputados.

 

Este é o mesmo governo que dizia cobras e lagartos das receitas extraordinárias dos governos PSD. O mal de Ferreira Leite é que favorecia a transparência: dizia-nos claramente que usava receitas extraordinárias para cumprir o défice. Este governo trabalha na sombra. Há quem aprecie que assim seja.

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