Agora os pilotos
Os pilotos da TAP, que devem ganhar bem acima do salário médio nacional, acharam por bem copiar os amigos da Groudforce. Nada melhor que uma greve no fim de semana das eleições legislativas.
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Os pilotos da TAP, que devem ganhar bem acima do salário médio nacional, acharam por bem copiar os amigos da Groudforce. Nada melhor que uma greve no fim de semana das eleições legislativas.
Repare-se no seguinte. O beto que estava no lugar de Canas como porta-voz do PS oficial desapareceu de cena. E deu lugar a S. Silva, o verdadeiro porta-voz e um profissional do "socretismo" e da propaganda. Com a proliferação de grupos no Facebook, desde o famoso "Libertem a empregada de Carolina Patrocinio" até ao não menos famosos "No dia 27, vamos todos correr com Sócrates?", ninguém quer criar um grupo a pedir o retorno rápido do famoso betinho Silveira?
Já agora, Eduardo Cintra Torres escreve no Público, outro dos jornais que foi identificado como jornalismo travestido, e Pedro Santos Guerreiro escreve no Jornal de Negócios, um que não segue a linha socrática como, por exemplo, o seu concorrente Diário Económico faz. Seria interessante avaliar a publicidade institucional, com origem em instituições governamentais, que uns e outros conseguem atrair em relação a outros meios de informação com os quais concorrem.
Bem, se foi 'em maior', a avaliar pela reacção do Presidente da República de então e o actual não parece.
Não me parece que o governo tivesse como motivo impedir a divulgação de qualquer reportagem específica para esta sexta-feira, o que, dadas as repercussões do caso, dificilmente não deixará de ser divulgada. Parece-me antes que a motivação seria mais esta:
Dia 11 de Setembro, Manuela Moura Guedes não vai ter espaço de antena para colocar o processo Freeport na agenda noticiosa.
Dia 18 de Setembro, Manuela Moura Guedes não vai ter espaço de antena para colocar o processo Freeport na agenda noticiosa.
Dia 25 de Setembro, Manuela Moura Guedes não vai ter espaço de antena para colocar o processo Freeport na agenda noticiosa.
1. O Sol perdeu a publicidade do BCP porque levantou e manteve o processo Freeport na agenda noticiosa.
2. A editora de política da TSF, Teresa Dias Mendes, zangou-se com o Sócrates e vai ficar sem o cargo.
3. Na TVI conseguiram mandar embora o Moniz e acabar com o Jornal Nacional da Manuela Moura Guedes.
4. E o Público vai sobrevivendo porque a família Azevedo é das poucas que não lambe as botas ao poder político.
Jornal de Moura Guedes suspenso e direcção de informação demite-se
A decisão da administração de suspender o Jornal Nacional foi comunicada à direcção de informação e fundamentada por razões económicas, em consequência de uma reestruturação em curso.
A cambada de socretinos tem de ser corrida do poder e depressa.
Perceber o péssimo mandato de José Sócrates e dos socialistas, é perceber estas relações que se estabelecem entre os sectores da economia controlados pelo Estado e empresas privadas. Numa sociedade verdadeiramente livre, os empresários não podem recear vir a ser alvo de retaliação governamental por motivos políticos. Em Portugal, esse receio não é de agora e está intrinsecamente ligado ao peso do Estado na economia. Infelizmente, muitos dos que se dizem contra Sócrates e o estado a que chegou este país, teimam em não perceber (ou não querem perceber) que aos governos não pode ser dada tanta capacidade de intervenção na economia nacional. Não pretender fazer nada quanto a isso, é o primeiro passo para manter tudo como está.
"Qualquer negociador sabe que o grande problema de ceder a uma chantagem é o de que outros chantagistas aparecerão depois. A TAP cedeu numa ameaça de greve - já tem outra à perna. [...] O filme é bizarro: num dia, os trabalhadores da Groundforce exigem; noutro dia, a administração da empresa diz "não"; ao terceiro dia, o Governo diz "sim"; e ao quarto dia, a Parpública, que formalmente detém as acções da TAP, diz que a situação financeira da empresa "é crítica". Quem manda nesta empresa? Os chefes, os patrões ou os testas-de-ferro? A administração, o accionista ou a sociedade-veículo? Pelos vistos, nenhum: mandam os trabalhadores. [...] Para quem não percebeu, a TAP está em falência técnica. Ou recebe injecções de capital, público ou privado, ou pode mesmo passar a ser "Take Another Plane" que este já não voa. Para o evitar, a tutela tem de mudar o acrónimo para "Take Another Plan": mudem de plano."
Pedro Santos Guerreiro, no Jornal de Negócios, a afirmar o óbvio.
TAP tem uma “situação financeira crítica”. E continuará a ter enquanto os governos não permitirem que a gestão da TAP, seja ela pública ou privada, seja feita sem ter em conta interesses políticos. A empresa, entretanto, é um verdadeiro buraco para onde o dinheiro do contribuinte é atirado ao desbarato.
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