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Despertar da Mente

"Democracy and socialism have nothing in common but one word, equality. But notice the difference: while democracy seeks equality in liberty, socialism seeks equality in restraint and servitude." Alexis de Tocqueville

"Democracy and socialism have nothing in common but one word, equality. But notice the difference: while democracy seeks equality in liberty, socialism seeks equality in restraint and servitude." Alexis de Tocqueville

Despertar da Mente

19
Dez09

Avatar

Jorge Assunção

James Cameron usou o truque com Titanic, repete-o agora com Avatar. A etiqueta “O filme mais caro de sempre” é usada como cartão de visita, inserido na campanha de marketing. O truque funciona bem e leva muita gente à sala de cinema. Nos primórdios do cinema, para promover uma actriz medíocre a estrela de primeira categoria, também não era preciso muito mais do que apresentá-la como a actriz mais bem paga de sempre. De lá para cá, as coisas terão evoluido muito menos do que se pensa. Outra coisa que parece levar muita gente ao cinema é o nome do realizador, James Cameron, associado ao Titanic, o gigante das bilheteiras. “O novo filme do aclamado realizador de Titanic”, parece que é etiqueta que cumpre o objectivo. Confesso que para mim funciona como replente. Titanic é um filme mediocre elevado à categoria de obra-prima só por distracção. O filme vale pelos efeitos especiais, bem elaborados, mas o resto do filme é preenchido por uma história de amor banal, piegas, a fazer lembrar o argumento de um daqueles telefilmes que ocasionalmente passa na TVI durante a madrugada. Cameron realizou The Terminator e merece crédito por isso, mas também é o tipo que transformou o fantástico Alien, de Ridley Scott, num filme de acção para adolescentes, recheado de explosões, armas e, como o próprio nome indica, Aliens. Já na altura sacrificava o artistico a favor do marketing, um mix embrionário de Zemeckis e Michael Bay.

27
Nov09

Lua Nova

Jorge Assunção

Parece que o filme ainda consegue ser pior que o seu antecessor da saga Twilight. Não é de espantar. O primeiro sinal que assim seria foi a pressa com que a produtora exigiu que o filme estivesse pronto. A tal ponto que trocaram Catherine Hardewicke, a realizadora do primeiro, por Chris Weitz. Na pressa de fazer milhões (e os milhões não faltarão, certamente), optaram por um homem para realizador. Erro crasso. A saga Twilight, tal como concebida no primeiro filme, não era só um filme para raparigas teenagers, era também um filme com sensibilidade feminina atrás da câmara, o que seriva para agradar às mães das teenagers. Retiraram isso, retiraram parte do que tornava o produto medianamente interessante.

21
Nov09

Cinema

Jorge Assunção

Tirando um ou outro filme que vou apanhando na televisão, não vejo um filme de forma planeada, seja no cinema, seja em casa, há quase quatro meses. No cinema, nem tenho prestado grande atenção ao cartaz (tenho a impressão que tem sido fraco, mas pode ser porque não o tenho consultado regularmente), e em casa, apesar de ter feito algumas tentativas, a partir da meia hora de filme a minha mente começa a navegar noutros pensamentos e a atenção é desviada completamente de qualquer que seja o filme que estou a ver (pode também dar-se o caso de não ter feito as melhores escolhas). O que vale é que está para começar a temporada de óscares e nada melhor para voltar a despertar o bichinho.

19
Nov09

Cinco Noites,Cinco Filmes

Jorge Assunção

Mas nem tudo é mau nos canais públicos de televisão. Ontem também reparei que no canal 2 repuseram o ciclo "Cinco Noites, Cinco Filmes". Portanto meus amigos, a partir de agora as minhas horas de sono durante a semana serão substancialmente reduzidas.

 

Para além de partilhar com o Ega a antipatia pelo Carlos Malato (leiam o post citado), também é com interesse que fico a saber que o ciclo "Cinco Noites, Cinco Filmes" estará de regresso à 2. Talvez isso explique o porquê de ter apanhado o Dog Day Afternoon, com o Al Pacino, ontem à noite na estação em causa.

 

Aliás, ver o Al Pacino naquela fase inicial da sua carreira é um luxo para qualquer amante de cinema. E é o recordar de como já não existem actores assim (e como o próprio Al Pacino é, nos tempos que correm, uma pequena amostra daquilo que já foi). Há um momento de particular brilhantismo no filme: a maior parte da acção decorre durante o assalto a um banco. A certa altura, o companheiro de uma das mulheres sequestradas (um sequestro muito peculiar, diga-se), tendo conhecimento através da televisão que decorre o assalto, telefona para o banco e a esta é-lhe permitido falar com ele. Durante a chamada, esta vira-se para Sonny (a personagem de Al Capino) e pergunta-lhe, com toda a naturalidade, que o companheiro perguntava quando é que este pensava dar o assalto por terminado para ela regressar a casa. A pergunta é insólita, e não há resposta adequada para a mesma. Al Pacino balbucia alguma coisa sobre a falta de sentido da pergunta, mas como espectador quase não presto atenção ao que diz, a resposta já havia sido dada pela expressão facial e pelos olhos de Sonny na primeira reacção à pergunta.

13
Nov09

Campanhas publicitárias

Jorge Assunção

Volta e meia surge uma grande campanha publicitária de promoção de um filme, assim é com 2012, o novo de Roland Emmerich. A tal ponto que é possível encontrar em vários sites conversas sobre a eventualidade do fim do mundo ocorrer em 21 de Dezembro de 2012 (como no próprio site da NASA). Sinceramente, tenho muito pouco interesse pelo filme. Não necessariamente pela repulsa que uma campanha do género me provoca, mas sobretudo porque o realizador e o produto estão mais do que batidos e neste tipo de filmes catastróficos não é necessariamente as imagens de efeitos especiais que me atraiem (e, quem conhece os filmes anteriores, sabe como Emmerich fica dependente dos efeitos especiais para tornar o filme medianamente interessante). Portanto, continuarei a aguardar pacientemente pelo The Road.

10
Nov09

E eu confio que é a decisão correcta

Jorge Assunção

Face Oculta: Supremo diz que escutas a Sócrates são nulas

 

Afinal, só ainda não percebeu quem não quer: Sócrates é intocável. Infelizmente, não é intocável à maneira de Eliot Ness e dos elementos do seu grupo, aos quais a expressão "os intocáveis" derivava do facto de serem homens incorruptíveis. Intocáveis, portanto, porque eram homens íntegros, que não se deixavam tocar pela sujeira. Mas longe disso no caso do nosso primeiro: Sócrates é intocável à maneira de Al Capone. É isso que penso. E Noronha de Nascimento, obviamente, não é nenhum Eliot Ness.

 

14
Out09

Roman Polanski

Jorge Assunção

A youthful error? Yes, perhaps.

But he's been punished for this lapse--

For decades exiled from LA

He knows, as he wakes up each day,

He'll miss the movers and the shakers.

He'll never get to see the Lakers.

For just one old and small mischance,

He has to live in Paris, France.

He's suffered slurs and other stuff.

Has he not suffered quite enough?

How can these people get so riled?

He only raped a single child.

Why make him into some Darth Vader

For sodomizing one eighth grader?

This man is brilliant, that's for sure--

Authentically, a film auteur.

He gets awards that are his due.

He knows important people, too--

Important people just like us.

And we know how to make a fuss.

Celebrities would just be fools

To play by little people's rules.

So Roman's banner we unfurl.

He only raped one little girl.

 

(fonte)

15
Set09

Patrick Swayze (1952-2009)

Jorge Assunção

A morte foi há muito anunciada na imprensa americana. Desde a altura em que garantiram que o actor não sobreviveria por muito mais tempo, os abutres (e dificilmente a expressão podia ser mais apropriada) nunca mais deixaram de perseguir o homem. As fotos sucediam, a especulação aumentava, notícias da sua morte não confirmadas apareciam. No fundo, uma merda de sociedade esta que temos. Ontem, o actor finalmente deixou-nos. Lembro-me como gostei de Dirty Dancing. De Ghost recordo-me mal. North and South, Red Dawn, memória de infância. Point Break, tinha um amigo que adorava o filme, eu, simplesmente, achava-o engraçado. E Uncommon Valor, um dos filmes que melhor recordo, tal a quantidade de vezes que o vi.

08
Set09

Imperador de Hollywood

Jorge Assunção

De tempos a tempos regresso a este livro. Howard Fast não será um génio da literatura contemporânea norte-americana (as suas opções políticas, demasiado encostadas à esquerda, também não o terão ajudado), nem Max, Imperador de Hollywood, será considerada uma obra prima pelos críticos literários, mas é um dos meus livros favoritos.

A história gira em torno de um garoto pobres de Nova Iorque que, na passagem do século XIX para o século XX, está na origem, numa visão mais economicista, da indústria do cinema, numa visão mais artística, da sétima arte.

A ideia de Fast, cativante, é proporcionar ao leitor, através de um miúdo imaginário, Max Britsky, judeu, filho de imigrantes, uma visão da forma como o cinema inicialmente teve a sua origem e como evoluiu nos seus primórdios.

Desde os primeiros animatógrafos até ao surgimento do cinema propriamente dito. Desde o cinema como um entretenimento para as classes mais baixas até à elevação do cinema a sétima arte, o qual as elites passaram a frequentar tal como já faziam com o teatro. Desde as fitas que corriam sem nexo, cujo único interesse era a capacidade de uma máquina retratar a vida real, até à construção de argumentos complexos, que envolviam o espectador psicologicamente. Desde os estúdios iniciais em pequenos armazéns até à deslocação da produção de filmes para Hollywood, onde o espaço era imenso e favorável a um género muito na moda, os filmes de cowboys. Tudo em Max, Imperador de Hollywood é apresentado a um ritmo alucinante, fazendo que o leitor deseje regressar àquela época onde a novidade, o empreendedorismo e a criatividade andavam de mãos dadas. Um livro que recomendo.

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