Assim vai o jornalismo em Portugal
Há, entre os jornalistas, os que inventam histórias com base em fontes anónimas e os que, mesmo atribuindo nomes aos visados, não deixam de continuar a inventar histórias. Percebo que nos tempos que correm, para além das fontes anónimas tão uteis para criar factos políticos, os jornalistas adorem referenciar Pacheco Pereira, sempre associando ao seu nome histórias de teor negativo. Não lhe perdoam a cruzada contra o pobre jornalismo que temos, nem o apoio a Ferreira Leite. Mas tenho um conselho para boa parte desses jornalistas: em vez de fazerem jornalismo, dediquem-se ao romance ficcionado. É que nota-se o jeito para a coisa. Claro que, infelizmente, bem sei como boa parte destas histórias ficcionadas nem são obra e arte da mente do jornalista, mas do intriguista político obscuro, que movimenta-se pelos subterrâneos político-jornalisticos com a sua agenda.