Jorge A.
A forma de apresentar esta sondagem no Público é fantástica (vai com print screen antes que seja corrigida, se é que o vai ser):
“PS e PCP sobem nas intenções de voto para as europeias”
Como discutimos décimas, vale a pena frisar que curiosamente o PSD também subiu (mais que o PCP), mas percebo que tal seja acessório. Continuando:
“Uma subida das intenções de voto no PS, que se distancia do PSD, e no PCP, que ultrapassa o BE, são as duas novidades do estudo sobre intenção de voto para as eleições europeias de 7 de Junho feito pela Eurosondagem para a Renascença, Expresso e SIC.”
Pois, mas o PS distancia-se do PSD menos do que aquilo que sobe, porque o PSD também sobe. E o PCP ultrapassa o BE não só pelo que sobe, mas essencialmente pelo que o BE desce. Mas ainda tenho fé que façam referência à subida do PSD e à descida do BE:
“O PS subiu 1,2 por cento e atinge os 35,5 por cento. O PSD atinge os 32,5 por cento, o que significa uma diferença de três por cento em relação ao PS.”
Afinal não. Passemos então para a questão da descida do bloco (entre subidas e descidas, é aquele que tem a diferença maior de todos os partidos na sondagem em causa):
“A CDU, coligação que integra o PCP e o PEV, sobe três por cento, para 9,2 por cento. O BE aparece com 8,8 por cento, isto é, com menos 0,4 por cento do que a CDU. Já o CDS recebe 6,5 por cento das intenções de voto.”
Descida do bloco nada. A CDU é que subiu três por cento - três por cento, atenção, significa que passou de 6,2 para 9,2 - queriam dizer 0,3%, mas enganaram-se, enfim. É possível pedir que um jornalista saiba ler minimamente uma sondagem e interpretá-la?