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Despertar da Mente

"Democracy and socialism have nothing in common but one word, equality. But notice the difference: while democracy seeks equality in liberty, socialism seeks equality in restraint and servitude." Alexis de Tocqueville

"Democracy and socialism have nothing in common but one word, equality. But notice the difference: while democracy seeks equality in liberty, socialism seeks equality in restraint and servitude." Alexis de Tocqueville

Despertar da Mente

29
Nov07

O Som do Estádio

Jorge A.


Como é da praxe, o inicio do clássico dará-se na catedral do consumo. O Colombo a abarrotar de benfiquistas e repleto das sonoridades que nos esperam em maior força na catedral do futebol logo ali ao lado. Tal como na Luz, a passagem pelo Colombo é para ser vivenciada no terceiro anel - neste caso para passagem pela zona dos restaurantes para petiscar qualquer coisa antes do jogo. Depois é o caminho em direcção ao estádio e à porta que nos dá acesso ao tão precioso lugar. A espera, o aperto, o contacto com a massa de gente que veste de vermelho e branco e espera pacientemente pela vez de ultrupassar a barreira dos seguranças que mais tarde nos vasculham o casaco e apalpam as pernas. Passada esta fase é chegada a fase de fazer uso do bilhetinho mágico... e como que por magia, já estás lá dentro. Agora é subir as escadas rumo ao terceiro anel. Subidas as escadas, na ante-câmara do acesso às bancadas entra-nos pelos ouvidos adentro o ruído do público que já se faz soar - a vontade é imediata de pular os últimos lancis de escada que nos separam da bancada e do vislumbre do magnifico palco verde. Transposto então o último degrau, por momentos ficamos alí, parados, a olhar para o relvado e a sentir o ambiente. Não sem que um ou outro steward logo nos tentem encaminhar dali para fora rumo ao nosso lugar, isto para não causar congestionamento ao acesso à bancada.

A praxe também indica que não se deve ir para o jogo em cima da hora. Os novos estádio até podem permitir que tal suceda, mas adepto que é adepto sabe que tem de estar sentadinho no seu lugar pelo menos 40 minutos antes do apito inicial. Primeiro sentir o ambiente, depois aplaudir a subida do Quim ao campo e assobiar o Helton, repetindo o mesmo procedimento para a restante equipa que sobe minutos depois, aplaudir tudo o que é vermelho e branco, assobiar tudo o que é azul e branco - assim diz a tradição. A única outra música que gosto de escutar no estádio da Luz para além do rúido dos adeptos - toca minutos antes do jogo começar - e é a do hino do Benfica na voz do Luis Piçarra. Depois a águia Vitória. Apito do árbitro, começa o jogo...
27
Nov07

Em boa companhia

Jorge A.
Desenvolvimento humano desceu em Portugal entre 2000 e 2005 (negritos meus)
Nesta lista ordenada (“ranking”), que abrange 177 países, houve 14 países cujo índice desceu no mesmo período, mas nenhum outro dos classificados com desenvolvimento humano elevado (onde Portugal se encontra), que abrange os países com os 70 melhores resultados e tem o Brasil a encerrar o grupo.

Entre os 13 países que acompanharam Portugal nesta tendência estão sobretudo Estados africanos, como a África do Sul, o Zimbabwe e outros da região, ou ainda o Gana, o Quénia, o Togo e o Chade. Mas há também países como o Belize e a Papua-Nova Guiné. Estão sobretudo no grupo dos classificados como tendo desenvolvimento humano intermédio.
26
Nov07

Experiências

Jorge A.
Neste post, Tyler Cowen refere que é melhor oferecer experiências do que bens fisicos. Acho que intuitivamente é fácil perceber porquê - pelo menos no que a mim diz respeito. No outro dia, numa conversa sobre cinema, recordava a minha primeira ida ao cinema para ver o Jurassik Park (1993/1994) - tinha então 10/11 anos - e da mesma forma recordo quase todas as idas ao cinema subsequentes, e não foram poucas (bem mais de uma centena certamente).

Recordo-me também de muitos dos concertos frequentados - o primeiro é mais dificil de recordar, mas terá sido qualquer coisa entre Xutos, GNR ou Delfins na Fatacil em Lagoa. Mas, por exemplo, a presença no Rock in Rio para ver sir Paul McCartney ou o concerto de Norah Jones no Coliseu de Lisboa são coisas que não se esquecem...

Não é por acaso que de Nova Iorque a recordação mais marcante que me ficou foi aquela ida ao Majestic para ver o Fantasma da Ópera.

Há, no entanto, um presente fisico que me há-de acompanhar para o resto da vida... é ele o castelo do he-man quando era eu muito puto, não sei precisar, e foi coisa para não esquecer. Convenhamos, aquilo foi mais pela experiência do que pelo presente. Na altura o presente tinha muito valor, mas se recordo a situação é por ter acordado bem cedinho no dia 25, fazer o caminho do quarto à cozinha - sabendo que por baixo da chaminé estaria qualquer coisa, mas que coisa? - e chegando lá encontrar aquilo, o magnifico castelo. Claro que isto sucedeu naquela fase em que um tipo ainda acredita no pai natal, e o Natal, mais do que uma época de presentes, é uma época de experiências.

Mas este post vem ainda a propósito de outro tema. Estive a rever mentalmente todos os jogos - desde o futebol ao basquetebol - do Benfica a que fui (tenho religiosamente guardados todos os bilhetes dos eventos) e recordo-me de praticamente todos com uma claridade surpreendente. É das melhores experiências que um tipo pode ter, e eu, como se aproxima o Natal, já me dei a mim próprio um presente. Sábado, 19:45, estou lá... na Catedral.
25
Nov07

Be Warned - Keep Out!!!

Jorge A.

É um facto que não vou com o denominado lobby gay - tenho particular aversão às gay pride parade (o que não implica que não as considere legitimas) - e penso que os principais dinamizadores do lobby mais do que ajudarem à causa, só a prejudicam. Mas o lobby (hetero? anti-gay? familia tradicional? ainda não sei bem o que chamar) representado por pessoas como a excelentissima doutoura, ex-deputada, Patricia Lança também deixa muito a desejar. O acenar com o boogeyman é coisa que nunca me agradou...
25
Nov07

Faroeste

Jorge A.
O filme estreou no dia 7 de Setembro nos Estados Unidos e é um remake de outro de 1957 com o mesmo nome. 3:10 do Yuma tem a arte de contar com a presença de dois grandes actores: Russell Crowe e Christian Bale. Para além disso, é um filme sobre o faroeste norte-americano, um western na verdadeira acepção da palavra - e eu sou um fã incondicional do género. Para Portugal, ficou prometida a estreia para meados de Outubro, já estamos próximos de Dezembro e nada... agora, parece, só em 2008, mas ainda sem estreia marcada.

Num mundo globalizado, com um filme que teve tão boa reacção do público e de alguns sectores da crítica cinematográfica, em que à distância de um click e de 700 mb qualquer um pode obter acesso ao mesmo, faz sentido esta politica dos distribuidores cinematográficos portugueses? Eu realmente gostava de perceber estes tipos que fixam a politica de distribuição dos filmes pelas salas portuguesas, mas não percebo, querem o quê?
24
Nov07

A Maioria

Jorge A.
A sondagem on-line do jornal Record dava mais de 50% dos votantes a acreditarem no regresso do Sporting às vitórias no campeonato, para nosso mal (bem), a maioria nem sempre tem razão. Mais um argumento de peso contra a democracia?

Para reforçar a minha fé na democracia, é preciso que aqueles 75% que dizem que o FCPorto não regressa às vitórias frente ao grande Vitória tenham razão.
24
Nov07

Merecia, pois...

Jorge A.
No final do Académica - Benfica houve ali muita declaração a referir que os "estudantes" não mereciam ter perdido o jogo. Ora, até acho normal que tais declarações sejam proferidas no final de um jogo tão disputado e equilibrado. A excepção deveria vir por parte daquele que desequilibrou o jogo a favor do Benfica, mas eis quando, o primeiro a referir que a Académica não merecia perder foi, se não ele quem mais, o maravilhoso guarda-redes Ricardo. Se no final, o glorioso sagrar-se campeão nacional, uma parte do titulo deve ser dedicada a este maravilhoso "estudante".
24
Nov07

Democracia - what are you good for?

Jorge A.
Os americanos, sob o comando de George W. Bush júnior, tem tido como posição "implementar" a democracia no médio oriente - forçaram a imposição de uma democracia para a palestina, e agora, forçam a imposição de uma democracia no Iraque. É como se a partir do momento em que as populações expressam a sua posição pelo voto, todos os problemas ficassem resolvidos. Parece-me a mim, que partem de um equívoco.

Durante anos, uma das diferenças apontada entre israelitas e palestinianos era que os primeiros tomavam as suas posições de forma democrática (a maioria do povo decidia), e os segundos eram liderados por uma fracção ditatorial representada por Arafat. Chegada a hora da democracia falar na Palestina o que aconteceu? O povo elegeu o Hamas, que não deixava de ser mais radical que a Fatah do entretanto falecido Arafat. Do "levar" a democracia ao médio oriente, começou-se a minar lentamente, e de forma encaputada, o resultado democrático palestiniano, de tal forma, que a Fatah, derrotada eleitoralmente, tem agora o apoio americano e europeu no terreno.

Em Timor, foi visível o contentamento dos portugueses para com as primeiras eleições timorenses que contaram com uma participação elevada por parte da comunidade local. E agora, o que há? O governo de Timor é liderado por um partido que não aquele que teve a maioria dos votos nas últimas eleições. Faz sentido? Por razões que não vou explicitar agora, faz.

E na Venezuela, não é pela via democrática que Chávez impõe a sua ditatura? É. Deve-se então aceitar o que se passa na Venezuela como certo, só porque é o resultado expresso pela maioria da população venezuelana? Para mim, a resposta é um redondo não.

Não é a democracia que os americanos deviam estar interessados em levar para o resto do mundo, mas sim a protecção dos direitos inalienáveis de cada individuo, em suma, a liberdade. Mas claro que a liberdade é mais dificil de implementar do que a democracia - especialmente em povos não habituados a ela.

E uma das boas formas de implementar a liberdade é através do exemplo - e os Estados Unidos, nesse campo, costumavam ser líderes no panorama internacional. Mas nisso, esta América liderada por George Bush não tem sido grande exemplo, pois não? Coisas como Guantanamo e o Patriot Act não tem servido de bons exemplos à causa da liberdade, o que é uma pena.

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